Para quem gosta de referir-se ao Nordeste como “terra do atraso”, eis aí mais uma estatística em sentido contrário…
Manchete do Estadão desta segunda-feira (19/05) destaca que a região deve reassumir em 2025 a posição de segundo maior mercado consumidor do Brasil, superando o Sul. Os dados são de pesquisa realizada pela consultoria IPC Maps. Nos últimos dois anos o Nordeste estava em 3º lugar.
Ok, consumo.
Mas se a gente for falar de inovação, o Nordeste também está bem na foto. No final de abril o estudo Sebrae Startups Report 2024 mostrou que a região chegou ao segundo lugar no número de startups, consolidando-se como um novo polo de inovação no país (veja matéria aqui no blog sobre esta pesquisa).
FATORES QUE IMPULSIONAM A ECONOMIA NORDESTINA
A matéria do Estadão informa que, segundo a IPC Maps, as famílias nordestinas consumirão cerca de R$ R$ 1,515 trilhão em 2025, o equivalente a 18,59% do total do consumo brasileiro no ano. A participação do Sul deve ficar em 18,51%.
O que explica este cenário? Alguns fatores-chave:
- Investimentos maciços em energia renovável (73 dos 76 parques eólicos do Brasil encontram-se no Nordeste);
- Turismo;
- Aumento do salário mínimo;
- Melhoria do mercado de trabalho: na região, diz o Estadão, “a taxa média de desemprego caiu de 11,2% em 2023 para 9,4% em 2024, atingindo o menor nível desde 2014. A renda do trabalho na região também registrou um aumento de 10,3%, superando a média nacional de 7,6%.”
- Bolsa Família (10 milhões de famílias beneficiadas, R$ 6,5 bi por mês na região)
Em relação ao Sul, as enchentes no Rio Grande do Sul em 2024 impactaram negativamente a economia do estado, com reflexo nos indicadores da região.