Em relação à solução do problema, a nomeação do ex-deputado federal Wolney Queiroz (PDT) para ministro da Previdência Social tem uma vantagem: como era o 02 do pasta, ele já entra jogando. Não precisa passar por nenhum dia de transição.
Terá da Presidência da República um apoio diferenciado, em virtude do que a crise das fraudes do INSS representa para o governo.
Estará sob os holofotes nacionais, pelo mesmo motivo.
Dada a importância da tarefa que tem pela frente, terá a solidariedade de muitos.
Como a do prefeito do Recife e próximo presidente nacional do PSB, João Campos, que foi na conta de Wolney no Instagram e postou: “Vai fazer um grande trabalho. Um grande quadro que Pernambuco empresta ao Brasil. Parabéns, amigo”.
Com 30 anos de atuação política, seis mandatos consecutivos de deputado federal, Wolney está familiarizado com as grandes disputas da área. Esteve, por exemplo, na luta contra o impeachment de Dilma Rousseff. Combateu Michel Temer e Bolsonaro.
Virar ministro na atual situação é como o jogador que está sempre treinando e, de repente, no segundo tempo de um jogo em que o seu time está perdendo, o técnico o chama, avisa que ele vai entrar, dá-lhe dois tapinhas nas costas e diz: “Vai lá e faz teu nome”.
Se vai conseguir, ninguém sabe. Mas para um político, tanto quanto para um jogador, este é um momento pelo qual todos gostam de passar.