Entre janeiro e junho de 2025, a produção industrial do Rio Grande do Norte caiu 18,4% e a de Pernambuco, 10,4%, em comparação com o mesmo período de 2024. Foram as quedas mais acentuadas entre os locais pesquisados no país, segundo a Pesquisa Industrial Mensal Regional, do IBGE, divulgada nesta sexta-feira (08/08).
As taxas negativas dos dois estados, conforme análise do IBGE, foram provocadas sobretudo “pelo comportamento negativo vindo das atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis”.
Quando a comparação é feita levando-se em conta apenas o último mês do levantamento, junho de 2025, frente ao mês anterior, maio de 2025, os números mostram um crescimento acentuado de Pernambuco, que obteve a maior taxa entre os locais pesquisados: 5,1%, vindo a seguir o Nordeste (a região é a única que é pesquisada de forma conjunta neste indicador) e Minas Gerais, ambos com 2,8%.
Segundo o analista da pesquisa, Bernardo Almeida, do IBGE, embora os resultados de junho/2025 permitam uma leitura positiva em âmbito nacional, a produção industrial no país continua apresentando ritmo arrefecido. “A alternância entre queda em um mês e crescimento em outro, que muitos locais vêm apresentando, evidencia uma menor intensidade no ritmo da produção industrial. O setor industrial nacional vem arrefecendo desde o segundo semestre de 2024”, disse ele. “Isso nos mostra uma ligação significativa com a política monetária mais contracionista ou restritiva por meio de aumentos na taxa de juros, refletindo seus efeitos no desempenho econômico e, consequentemente, no comportamento da produção industrial, tanto regional quanto nacional”, completou.
No Brasil, a taxa de crescimento no primeiro semestre, comparada com o mesmo período do ano anterior, foi de 1,2%, enquanto de junho/2025 para maio/2025 a variação positiva ficou em 0,1%.