A Pesquisa Quaest foi realizada de 13 a 17 de agosto. O presidente Lula esteve em Pernambuco no dia 14, participando de eventos em Goiana (Hemobrás) e no Recife, com entrega de títulos de moradia em Brasília Teimosa – evento no qual o prefeito João Campos (PSB) fez uma entusiasmada defesa dele, replicada largamente em vídeo nas redes sociais.
Da agenda de Lula em Pernambuco, neste dia 14, a governadora Raquel Lyra (PSD) preferiu não participar – viajou para o Sertão, onde participou de atos do governo estadual.
Ou seja, foi um dia em que o assunto “Lula em Pernambuco” dominou o noticiário local e as discussões políticas (motivadas pela ausência da governadora na agenda presidencial).
Vejam aqui matéria do blog mostrando como foi o dia da visita de Lula a Pernambuco, e os debates ocorridos: https://blogdovandeck.com.br/raquel-lyra-agora-prefere-manter-distancia-de-lula/
Isso explica todo o crescimento? Não, mas é plausível supor que contribuiu para tanto.
Leve-se em consideração ainda que o ponto de comparação com os números atuais são de 6 meses atrás – em fevereiro passado a aprovação de Lula em Pernambuco, de acordo com pesquisa do mesmo instituto, era de 49%, contra uma desaprovação de 50%.
Agora, em agosto, os números chegaram a 62% de aprovação e 37% de desaprovação. Dos oito estados pesquisados, Pernambuco foi o que Lula atingiu a maior aprovação e a menor desaprovação.
Entre a pesquisa anterior e a atual, houve uma série de acontecimentos reverberando sobre a atuação presidencial, como, principalmente, a questão do tarifaço – aqui, no terreno movediço das possibilidades, pode-se conjecturar se a questão da soberania (assunto caro à cultura pernambucana) teve um impacto mais forte no estado.
Outra conjectura – esta, mais concreta – é que havia já (como em todo o país) uma tendência favorável ao aumento da aprovação, e a agenda presidencial de praticamente um dia inteiro em Pernambuco impulsionou a elevação.
NORDESTE E PAÍS
A pesquisa Quaest aponta crescimento de 7 pontos percentuais da aprovação de Lula no Nordeste: era de 53% no levantamento anterior, em julho, e agora chegou a 60%. A desaprovação foi de 44% para os atuais 37%. A margem de erro é de 4 pontos percentuais.
No Brasil, a aprovação do governo Lula passou de 43%, em julho, para 46%, em agosto. E a desaprovação, de 53% para 51%. A margem de erro aqui é de 2 pontos percentuais.